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Mostrando postagens com o rótulo Filme do Dia

Filme do Dia: Os Buddenbrook (1959), Alfred Weidenmann

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  O s Buddenbrook ( Buddenbrooks – 1.Teil , Alemanha, 1959). Direção: Alfred Weidenmann. Rot. Adaptado: Harald Braun, Jacob Geis & Erika Mann, baseado na obra Die Buddenbrooks , de Thomas Mann. Fotografia: Friedl Behn-Grund. Música: Werner Eisbrenner. Montagem: Caspar van der Berg. Dir. de arte: Arno Richter, Robert & KurtHerlth. Figurinos: Herbert Ploberger. Com Liselotte Pulver, Hansjörg Felmy, Hanns Lothar, Lil Dagover, Werner Hinz, Rudolf Platte, Robert Graf, Günther Lüders, Nadja Tiller, Wolfgang Wahl. Em meados do século XIX, a família do ilustre cônsul de Lubeck (Hinz), que orienta todos os filhos segundo a ascética tradição familiar voltada para os negócios, começa a entrar em decadência após sua morte. Thomas (Felmy), o primogênito, que assume os negócios da família, mesmo buscando persistir com a tradição, não consegue romper com os elos mais diversos que arrastam a família para a decadência moral e econômica.   A irmã emocionalmente instável e geniosa Tony (Pulver)

Filme do Dia: The Police After Me (2021), Kayahan Kaya

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  T he Police After Me ( Pesimdeki Polis , Turquia, 2021). Direção Kayahan Kaya. Rot. Original M. Seref Ozsoy. Fotografia Kayahan Kaya. Música Derya Türkan. O poeta Orhan Veli consegue alguma notoriedade enquanto poeta. Um policial segue seus passos. E, numa taverna que comumente frequenta, fica sabendo       que o poeta se encontra na praia de Caddebostan.   Quando Orhan, alertado pelos amigos nas areias da praia,   vai tomar satisfações com o homem, esse corre com suas notas. O que Orhan não sabe é que o homem é um tímido admirador seu, que possui suas próprias pretensões enquanto poeta. Quando fica sabendo da misteriosa morte do poeta, dois poetas morrem naquele dia. Incomumente orgânico em sua articulação dos traços realistas, voz over, sua trilha sonora a um passo da melancolia, sua reconstituição da época e questões de provável cunho político idem (há uma referência a se tratar de uma história baseada em fatos reais, o que nos insufla a procurar informações pelo Orhan Ve

Filme do Dia: Searching Ruins on Broadway, Galveston, for Dead Bodies (1900), Albert E. Smith

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  S earching Ruins on Broadway, Galveston, for Dead Bodies (EUA, 1900). Direção e Fotografia: Albert E. Smith Plano estático de homens vasculhando destroços do furacão que se abateu sobre Galveston, Texas e foi tema de vários outros filmes do mesmo período ( Panoramaof Galveston Power House , Bird´s Eye View of Dock Front, Galveston ). O catálogo da companhia faz menção ao fato de um corpo ter sido encontrado durante o momento da filmagem, menção que tanto pode ter sido inventada para criar um apelo maior para o filme ou efetivamente ter ocorrido e não ter sido registrada ou editada ao final por questões éticas. O fato é que nada sugere algo parecido nas imagens existentes. Edison Manufacturing Co. 54 segundos.  

Filme do Dia: Stanford University, California (1897), W. Bleckyrden

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  S tanford University, California (EUA, 1897). Fotografia: W. Bleckyrden. Registro de um grupo de acadêmicos saindo da referida universidade que dá título ao filme e onde se destaca um  pórtico, que viraria escombro após o terremoto de 1906 e nunca mais voltaria a ser reconstruído. Talvez se torne incomum o fato de lidar com uma coletividade que representa parte da elite americana e não o operariado, que geralmente era motivo de tais registros coletivos, desde os Lumière ( La Sortie de las Usines Lumière ), quando tal elite somente era flagrada em momentos de diversão e lazer.Edison Manufacturing Co. 27 segundos.

Filme do Dia: Mossane (1996), Safi Faye

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  M ossane (Alemanha/Senegal, 1996). Direção e Rot. Original: Safi Faye. Fotografia: Jürgen Jürges. Música: Yandé Codou Sène. Montagem: Andrée Davanture. Dir. de arte: Assane N’Doye. Com: Magou Seck, Isseu Niang, Moustapha Yade, Abou Camara, Alioune Konaré, Alpha Diouf, Ibou N’Dong, Moussa Cissé. Mossane (Seck) é uma garota de 14 anos de extraordinária beleza que a todos cativa. Ela possui vários pretendentes, e até seu próprio irmão, Ngor (Diouf) é apaixonado por ela. Prometida desde criança a Diogoye, está apaixonada pelo pobre estudante Fara (Konaré). Sua mãe (Niang) pela primeira vez entra em conflito com ela, pois ela recusa o casamento e quando todo o ritual se encontra em andamento, Mossane afirma que o casamento não é um negócio e que não ama Diogoye. O trato de casamento é feito de todo modo, com os pais abençoando a união. Mossane foge no meio da noite. Ela pega uma canoa e se lança na noite sombria. Seu cadáver é encontrado pela comunidade no dia seguinte, e sua morte chor

Filme do Dia: Os Deuses e os Mortos (1970), Ruy Guerra

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  O s Deuses e os Mortos (Brasil, 1970). Direção: Ruy Guerra . Rot. Original: Ruy Guerra, Flávio Império & Paulo Jose. Fotografia: Dib Lutfi. Música: Milton Nascimento. Montagem: Ruy Guerra & Sérgio Sanz. Dir. de arte e Figurinos: Marcos Weinstock. Com: Othon Bastos, Norma Bengell, Ítala Nandi, Nelson Xavier, Ruy Polanah, Jorge Chaia, Freddy Kleeman, Mara Rúbia, Milton Nascimento, Dina Sfat. Sul da Bahia, anos 1930. Homem sem nome (Bastos) que foi baleado 7 vezes e sobreviveu luta para conseguir as terras de cacau do Coronel Santana (Chaia), morrendo bastante gente envolvida na peleja. Se ainda havia alguma dúvida da influência do Gláuber do recente O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro após a encenação épica em locações naturais (e áridas), os figurinos,   as cores do processo fotográfico, a presença de Othon Bastos, a fala direcionada para a câmera e os planos sequencias orquestrados por Lutfi, a descrença radical se desfaz com a presença do símbolo da Shell, ent

Filme do Dia: Tudo Entre Nós (2000), Michael Lindsay-Hogg

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  T udo Entre Nós ( Two of Us , EUA, 2000). Direção: Michael Lindsay-Hogg. Rot. Original: Mark Stanfield. Fotografia: Miroslaw Baszak. Montagem: Norman Buckley. Dir. de arte: Jasna Stefanovic & Ingried Jurek. Cenografia: Peter Atto. Figurinos: Maxyne Baker. Com: Aidan Quinn, Jared Harris. Nova York, 1975. Paul McCartney (Quinn) decide fazer uma visita surpresa a John Lennon (Harris). Ao longo de um dia, sem a companhia das respectivas esposas e filhos. Conversam sobre a morte dos pais de ambos, discutindo sobre o fim dos Beatles e os ressentimentos de Lennon sobre como McCartney tratara Yoko. Lennon demonstra uma certa amargura e culpa pela morte dos pais e acaba praticamente expulsando Paul. Porém, esse decide retornar e sugere que   dêem um passeio pelo Central Park disfarçados, escutando um grupo de reggae e fumando maconha, até serem dispersos por dois policiais a cavalo. Depois vão até uma lanchonete próxima e retornam ao edifício Dakota, morada de Lennon, onde sobem ao telh

Filme do Dia: Edward Hopper (2006), Gavin Lawson

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E dward Hopper (EUA, 2006). Direção: Gavin Lawson. Através de uma comedida narração in off (do próprio realizador?) se tem acesso a um pouco do universo do grande pintor norte-americano que dá título a esse curta-metragem. Pena que Lawson poucas vezes vá além da mera exibição de um quadro, passeando dentro dele e observando certos detalhes. As únicas cenas que não são das obras do artista são planos, por vezes longos, como o recorrente plano dos raios de sol em meio a árvores, enfatizando a importância da iluminação e do jogo de contrastes na obra de Hopper. Uma decisão acertada foi a opção de não ter utilizado material iconográfico diretamente biográfico como fotografias ou cartas, fugindo de uma tendência mais tradicional de documentarismo e preservando um certo tom intimista e subjetivo na sua aproximação com o artista. 10 minutos e 17 segundos.  

Filme do Dia: Como Nasceu o Primeiro Carro Brasileiro (1962)

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  C omo Nasceu o Primeiro Carro Brasileiro (Brasil, 1962) Nesse documentário curto produzido por Jean Manzon se acompanha, de forma sintética, os dois anos de preparação para o lançamento do primeiro automóvel brasileiro, um Aero Willis, fabricado pela Jeep. Ao modo dinâmico de narrar, em que à montagem dos vários processos se acrescenta uma inconfundível voz masculina que fala em primeira pessoa, como se fosse o próprio carro, dos seus primeiros desenhos até o acabamento final e sua exibição “triunfante” em uma feira automobolística parisiense, não apresentada pela produção. E também doses de um exaltado nacionalismo ufano, pródigo de um produtor que sempre soube ir onde o dinheiro se encontrava, sejam nos grandes industriais ou nos governos no poder – Manzon seria um dos maiores decantadores dos tempos de Milagre Brasileiro, já antecipados aqui, como no plano aéreo final que apresenta os arranha-céus de São Paulo, imagem considerada mais imponente que a fábrica em São Bernardo do C

Filme do Dia: Sharey Chuattar (1953), Nirmal Dey

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  S harey Chuattar (Índia, 1953). Direção: Nirmal Dey. Rot. Original: Nirmal Dey, a partir do argumento de Bijon Bhattacharya. Fotografia: Amal Das & Nirmal Dey. Música: Kalipada Sen. Montagem: Kali Raha. Dir. de arte: Satyen Roychoudhury. Cenografia: Sudhir Khan. Com: Tulsi Chakraborty, Molina Devi, Suchitra Sen, Uttam Kumar, Bhanu Bannerjee, Dhananjoy Bhattacharya, Nabadwip Halder, Haridhan Mukherjee O dono de um internato em Annapurna, Rajanibabu (Chakraborty) observa a confusão que passa a ocorrer quando uma garota, Romola (Sen), passa a morar no mesmo. Despertando todos os olhares masculinos para ela, Romola se apaixona por Rampriti (Kumar) e os outros jovens interceptam uma carta de amor dela para ele, carta que finda por parar no bolso de Rajanibabu sendo, por sua vez, capturado pela mulher do mesmo (Devi). Demasiado centrado em códigos específicos do que seria humor em sua época e país, esse filme, provavelmente ainda mais que as chanchadas brasileiras, com as quais pod

Filme do Dia: The Dream (1911), Thomas H. Ince & George Loane Tucker

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  T he Dream (EUA, 1911). Direção: Thomas H. Ince & George Loane Tucker.  Rot. Original: Herbert Brenon. Com: Mary Pickford, Owen Moore, William Robert Daly, Charles Arling. Marido (Moore) leva uma vida descompromissada de solteiro, divertindo-se com amantes e bebida e destratando sua dedicada mulher (Pickford), ao chegar em casa. Depois de tombar no sofá, acaba sonhando que sua mulher, cansada do descaso, ajuda a desarrumar a casa e sai com o amante, pouco se importando com ele. Ele a segue desesperado e a flagra jantando com amante, mas o casal o ignora completamente. Arrasado, atira contra o próprio peito ao chegar em casa e acorda do sonho. Porém, esse pareceu tão real, que ele estranha ao encontrar a mulher submissa como habitual e passa a tratá-la de forma atenciosa. Embora Ince ocasionalmente tenha uso ainda mais piegas das relações sentimentais entre seus personagens do que o próprio Griffith (em filmes como Granddad ), aqui parece consientemente ironizar a abordagem mo

Filme do Dia: The Birth of a Flower (1910), F. Percy Smith

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T he Birth of a Flower (Reino Unido, 1910). Direção: F. Percy Smith. Exercício pioneiro de fotografar diversas flores se abrindo pelo naturalista Smith.Talvez menos interessante que as imagens em si, para o espectador de mais de um século após de sua realização, acostumado a cenas do tipo observadas dezenas de vezes em programas de TV, seja o filme fazer uso de um processo pioneiro de cor que não parte da pintura artesanal da película chamado Kinemacolor, que teria vida relativamente breve e fazia uso de filtros nas projeções e filmagens de um original em p&b. Charles Urban Trade Co. 7 minutos.  

Filme do Dia: Au Pays Noir (1905), Ferdinand Zecca & Lucien Nonguet

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  A u Pays Noir (França, 1905). Direção Ferdinand Zecca & Lucien Nonguet. Rot. Adaptado a partir do romance de Émile Zola. A descrição da precariedade de uma família mineira a apresenta em situação típica associada ao grupo social, família numerosa, mas também com certa dignidade (não há ninguém vestindo andrajos, existem mais objetos de cena, ilustrando os adereços da casa – inclusive um indefectível quadro religioso na parede – que o habitual em produções da época). As cartelas possuem apresentação típica do estúdio então. Letras garrafais em chamativo vermelho sobre fundo preto. Na cena seguinte, a apresentar a saída para o trabalho do chefe da família, observamos um elaborado trabalho cenográfico, primorosamente realista em contraposição aos pensados por Méliès em seu Viagem à Lua , por mais que facilmente se perceba a tentativa de criar profundidade a partir das telas que a representam, mas das quais se pode observar, inclusive, seu contato com o chão. E o mais incrível é

Filme do Dia: Rosas de Sangue (1960), Roger Vadim

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  R osas de Sangue ( Et Mourir de Plaisir , França/Itália, 1960). Direção: Roger Vadim. Rot. Adaptado: Roger Vadim & Roger Vailland a partir da história original de Claude Brulé & Claude Martin e do romance Carmilla , de Sheridan Le Fanu. Fotografia: Claude Renoir.  Música: Jean Prodromidès. Montagem: Victoria Mercanton & Maurizio Lucidi. Dir. de arte: Jean André & Robert Guisgand. Cenografia: Robert Christidès. Figurinos: Marcel Escoffier. Com: Mel Ferrer, Elsa Martinelli, Annette Stroyberg, Alberto Bonucci, René-Jean Chauffard, Gabriella Farinon, Serge Marquand, Edith Peters. Carmilla Von Karnestein (Stroyberg), numa reunião social, aponta sua semelhança com a ancestral Millarca. Carmilla sente ciúmes da relação de seu primo, Leopoldo (Ferrer) com a noiva Georgia (Martinelli). Numa noite em que se festeja com fogos de artifício próximos ao cemitério abandonado da família, acidentalmente também ocorrem explosões de minas que existiam na região desde a invasão alemã n

Filme do Dia: Varda por Agnès (2019), Agnès Varda

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  V arda por Agnès ( Varda par Agnès , França, 2019). Direção e Rot. Original: Agnès Varda & Didier Rouget. Fotografia: Claire Duguet, François Decreau & Julia Fabry.  Montagem: Nicolas Longinotti & Agnès Varda. Há um tom professoral e uma sensação de déjà vu inescapáveis na revisitação de sua obra que, somados a estrutura em forma de apresentação diante de uma plateia em um teatro e ausência de perguntas ou qualquer tipo de confrontação por parte dos outros que transformam esse último filme da realizadora em um exercício algo engessado de autocelebração, condescendência essa que um contemporâneo sobrevivente seu, Godard , jamais se permitiu ou sequer contemplou. Mais de uma vez a realizadora exalta o tripé ideação, criação (por em execução a ideia inicial) e compartilhamento como fundamento do cinema. Porém o último filme q parece cumprir a risca o mesmo é o seu anterior, não por acaso vislumbrado como seu filme-testamento, Visages Villages , algo q poderia se estender

Filme do Dia: Astor Battery on Parade (1899), J. Stuart Blackton & Albert E. Smith

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  A stor Battery on Parade (EUA, 1899). Fotografia J. Stuart Blackton & Albert E. Smith. Uma parade é filmada de uma perspective bastante semelhante a presente em Buffalo Police on Parade (1897), ao ponto de se poder questionar, assistindo somente uma vez a ambos, tratar-se do mesmo filme com acréscimos de algumas imagens. Ao contrário da parada de Buffalo, no entanto, a simetria dos que desfilam não chega a ser tão rigorosa, ao menos depois do primeiro pelotão. Assim como um militarismo, inclusive com exibição de armas e movimento delas, é mais patente do que na outra; enqunanto na outra se respira um ar de maior comodidade e comunidade com a sociedade civil. Vai nessa mesma trilha o movimento mais nervoso, agitado e rápido do passe dos militares em relação a tranqüilidade que acompanha os policiais. Edison Manufacturing Co. 47 segundos.

Filme do Dia: Últimas Palavras (1968), Werner Herzog

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  Ú ltimas Palavras ( Letzte Worte , Al. Ocidental, 1968). Direção e Rot. Original: Werner Herzog. Fotografia: Thomas Mauch. Montagem: Beate-Mainka Jellinghaus. Esse curta-metragem, do início da carreira do realizador, talvez possa ser observado mais como curioso exercício de fundamentação documental de algo, a rigor, criado pelo próprio cineasta. Trata-se de uma personagem mítica, que sobrevive às condições absurdas de uma ilha que fora colônia de leprosos. Parece existir uma certa gratuidade na forma como os “personagens” repetem – por   várias vezes -   as mesmas frases. Longe de se encontrar entre as obras inicias mais promissoras de Herzog, que o realizou enquanto preparava o projeto de seu primeiro longa, Sinais de Vida . A obsessão do realizador por personagens maiores que a vida e por uma mitologia peculiar, ainda que devidamente fantasiada (tal como em Fata Morgana) já se apresenta aqui presente. Werner Herzog Filmproduktion. 13 minutos.

Filme do Dia: O Homem do Planeta X (1951), Edgar G. Ulmer

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  O   Homem do Planeta X ( The Man from Planet X , EUA, 1951). Direção: Edgar G. Ulmer. Rot. Original: Aubrey Wisberg & Jack Pollexfen. Fotografia: John L. Russell. Música: Charles Koff. Montagem: Fred R. Feitshans Jr. Dir. de arte: Angelo Scibetta & Byron Vreeland. Com: Robert Clarke, Margaret Field, Raymond Bond, William Schallert, Roy Engel, David Ormont, Gilbert Fallman, June Jeffery. John Lawrence (Clarke), reporter nova-iorquino vai até uma recôndita ilha da Escócia a convite de um cientista e amigo de longo tempo, Dr. Elliot (Bond), cientista que estuda a aproximação de um planeta desconhecido, que ele batizou como X, da Terra. Lawrence e a filha do professor, Enid (Field) se sentem atraídos um pelo outro e ambos desconfiam das intenções do suspeito cientista, Dr. Maars (Schallert), que é hóspede do cientista. Após deixar Lawrence em uma pousada, Enid tem um problema com o carro no retorno para casa e acaba descobrindo um estranho objeto com um ser ainda mais estranho

Filme do Dia: Neron Essayant des Poisons sur des Esclaves (1896), Georges Hatot

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  N eron Essayant des Poison sur des Esclaves (França, 1896). Direção: Georges Hatot. Um assistente de Nero, ao lado do mesmo, oferece veneno a dois escravos, diante de alguns de seus subordinados nesse filme que parece ser uma das primeiras incursões em um repertório mais tipicamente ficcional que o habitualmente associado aos Lumière.  Aparentemente trata-se do primeiro filme dirigido por Hatot. Do cenário excessivamente artificioso aos gestos grandiloquentes da aproximação fatal da morte quase instantânea vivenciada pelos escravos, esse filme parece antecipar em ao menos uma década a maior parte da produção épica italiana. Curiosamente essa produção é um pouco mais longa que as “vistas”, que compunham o grosso da produção dos Lumière então. Destaque para o terceiro homem que entra com os dois escravos e que sai em posição de agradecimento patético (outro escravo de quem foi poupada à vida?). Lumière. 1 minuto.

Filme do Dia: O Barato de Iacanga (2019), Thiago Mattar

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  O   Barato de Iacanga (Brasil, 2019). Direção Thiago Mattar. Rot. Original Guilherme Algon & Thiago Mattar. Fotografia Diego Lajst & André Manfrim. Montagem Guilherme Algon. Documentário que faz um retrospecto do Festival de Águas Claras, sobretudo em suas três primeiras edições, tendo como fio condutor maior o seu próprio idealizador e principal organizador, Leivinha, e algumas pessoas próximas, incluindo a sua irmã. Iniciando como algo praticamente entre amigos, e divulgado através do boca-a-boca, demonstrou ser uma fonte de agregação e de público, boa parte deles de verve hippie, a realizarem o que seria uma versão Woodstrock, em solo brasileiro, na fazenda do pai de Leivinha, na provinciana Iacanga, no interior de São Paulo, em 1975. Período ainda bastante repressor da ditadura. Importante peça de uma memória não muito cultivada, contando com gravações em vídeo, quase todas em condições relativamente precárias, e dos arquivos de TV, possui um momento ao menos tocant