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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Britânico

Filme do Dia: Nu (1993), Mike Leigh

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  N u ( Naked , Reino Unido, 1993). Direção e Rot. Original: Mike Leigh. Fotografia: Dick Pope. Música: Andrew Dickson. Montagem: Jon Gregory. Dir. de arte: Alison Chitty &   Eve Stewart. Figurinos: Lindy Hemming. Com: David Thewlis, Lesley Sharp, Katrin Carlidge, Greg Crutwell, Claire Skinner, Peter Wight, Ewen Bremmer, Susan Vidler, Deborah Maclaren, Gina Mckee. Fugindo de Manchester, onde praticara estupro, o sem rumo Johnny (Thewlis) vai para Londres, onde busca refúgio na casa da ex-namorada Louise (Sharp). Porém, ela não se encontra e ele acaba se engraçando por sua amiga Sophie (Cartlidge), com quem pratica sexo violento. Johnny ganha as ruas, incomodado com a presença constante de Sophie e em sua odisséia encontra figuras como o vigia Brian (Wight), com quem discute questões existenciais, o sem teto Archie (Bremmer) e sua namorada Maggie (Vidler), uma mulher (MacLaren) mais velha, com quem se recusa a fazer sexo e uma atendente de café (McKee), que inexplicavelmente o exp

Filme do Dia: The Birth of a Flower (1910), F. Percy Smith

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T he Birth of a Flower (Reino Unido, 1910). Direção: F. Percy Smith. Exercício pioneiro de fotografar diversas flores se abrindo pelo naturalista Smith.Talvez menos interessante que as imagens em si, para o espectador de mais de um século após de sua realização, acostumado a cenas do tipo observadas dezenas de vezes em programas de TV, seja o filme fazer uso de um processo pioneiro de cor que não parte da pintura artesanal da película chamado Kinemacolor, que teria vida relativamente breve e fazia uso de filtros nas projeções e filmagens de um original em p&b. Charles Urban Trade Co. 7 minutos.  

Filme do Dia: O Homem Que Caiu na Terra (1976), Nicolas Roeg

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  O   Homem Que Caiu na Terra ( The Man Who Fell to Earth , Reino Unido, 1976). Direção:  Nicolas Roeg. Rot. Adaptado: Paul Mayersberg, baseado no romance de Walter Tevis. Fotografia: Anthony B. Richmond. Música: John Phillips. Montagem: Graeme Clifford. Dir. de arte: Brian Eatwell. Figurinos: May Routh. Com: David Bowie, Rip Torn, Candy Clark, Buck Henry, Bernie Casey, Jackson D. Kane, Rick Riccardo, Tony Mascia, Linda Hutton. Thomas Jerome Newton (Bowie) é, na verdade, um alienígina que finge passar-se por milionário excêntrico e casa-se com a camareira do hotel em que se hospeda, Mary Lou (Clark), porém logo as intenções de Newton de levar água para seu planeta são frustradas pela ganância terrena em se apossar de seus negócios e sua própria incapacidade de retornar. Nesse delirante filme de Roeg, realizado no auge de sua carreira, a construção de uma atmosfera estranha através da montagem e de um enredo esquizóide, podem ser tanto perturbadores, em seus melhores momentos, como fr

Filme do Dia: The Bitter Bit (1899), James Bamforth

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  T he Bitter Bit (Reino Unido, 1899). Direção James Bamforth. Homem pressiona a mangueira com a mão, impedindo o fluxo de água de circular. O homem que regava o jardim estranha e observa a saída da mangueira, quando o homem retira o pé da mesma, esguinchando água sobre. O brincalhão se encontra escondido atrás de uma árvore e quando o alvo de sua brincadeira percebe tudo vai atrás dele, que utiliza a própria árvore para tentar fugir do outro, mas é capturado pelo mesmo que o molha com a mangueira. Bamforth não parece alguém propriamente criativo. Das três produções sobreviventes de sua autoria, ao menos duas são cópias de filmes alheios – no caso de The Kiss in the Tunnel , de um homônimo com enredo similar. E, pior que isso, consegue piorar seus copiados. No caso deste. Com mais tempo para apresentar sua “história” que o célebre O Regador Regado , de quatro anos antes, dos Lumière, uma boa parte do seu tempo é gasta em uma inverossímil brincadeira no estilo pega-pega entre os do

Filme do Dia: A Victorian Lady in Her Boudoir (1896), Esme Collings

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  A   Victorian Lady in Her Boudoir (Reino Unido, 1896). Fotografia Esme Collings. A composição algo roliça da mulher a se despir é tão testemunho de padrões de beleza distintos dos olhos que observam esta produção com a distância de bem mais de um século, e tão recorrentes nas imagens da época quanto a inescapável função voyeurística do cinema, em termos mais propriamente libidinosos, desde o início das imagens em movimento. Ela se despe em meio a duas cadeiras, que servirão como cabides improvisados onde depositará suas extensas vestes,  e um cenário que busca emular o quarto íntimo ( boudoir para os franceses) da senhora. O fato de ser uma dama da era vitoriana traz um sabor a mais. Como boa stripper , valoriza seu passe, ao sugerir mais que se expor por completo, detendo-se na última peça, uma camisola a qual se pode adivinhar, mais pelos seios que propriamente pelo sexo, que se encontra nua depois deste último obstáculo. A estratégia de se despir, no entanto, emula o naturalis

Filme do Dia: Together (1956), Lorenza Mazzetti & Denis Horne

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  T ogether (Reino Unido, 1956). Direção: Lorenza Mazzetti & Denis Horne. Rot. Original: Denis Horne. Fotografia: Hamed Hadari. Música: Daniele Paris. Montagem:  John Fletcher. Com: Michael Andrews, Eduardo Paolozzi, Valy, Denis Richardson, Cecilia May. Com equipe técnica um pouco diferenciada da média dos realizadores do Free Cinema – a exceção do montador Fletcher – e uma abordagem também distinta, Mazzetti efetiva uma incursão talvez mais próxima de On the Bowery , em sua quase indistinção entre documentário ou ficção, ainda que seja praticamente encenado do início ao final e conte com atores que eram amigos próximos da realizadora. Acompanhamos o cotidiano errante de uma dupla de surdos-mudos no soturno East End londrino. Discriminados pelas crianças – e também pelos adultos, como a família em que alugam um quarto ou o caminhoneiro que perde a paciência por não escutarem a buzina – eles trabalham como estivadores de cargas no porto. A fuga do cotidiano sombrio se dá através d

Filme do Dia: Apenas um Beijo (2004), Ken Loach

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  A penas um Beijo ( Fond Kiss…, Ae , Reino Unido/Bélgica/Alemanha/Itália/Espanha, 2004). Direção: Ken Loach . Rot. Original: Paul Laverty. Fotografia: Barry Ackroyd. Música: George Fenton. Montagem: Jonathan Morris. Dir. de arte: Martin Johnson, Ursula Cleary & Fergus Clegg. Figurinos: Carole K. Millar & Carole Miller. Com: Atta Yaqub, Eva Birthistle, Shamshad Akthar, Ghizala Avan, Shabana Aktar Bakhsh, Shy Hamsan, Gerard Kelly. Na Irlanda, Casim Kham (Yaqub) é um jovem de origem paquistanesa que vive em Londres e acaba se apaixonando pela professora de música de sua irmã Tahara (Bakhsh), Roisin Hanlon (Birthistle), o que provoca uma reviravolta em suas vidas. No caso dele, por conta de sua família tradicional já ter escolhido sua noiva, uma prima. No caso de Roisin, pelas dificuldades que passa a enfrentar no trabalho, por conta de trabalhar em uma escola católica que precisa que ela se case com alguém católico ou convertido para ser admitida como profissional efetiva. A si

Filme do Dia: Sing Street (2016), John Carney

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  S ing Street (Irlanda/EUA/Reino Unido, 2016). Direção e Rot. Original: John Carney. Fotografia: Yaron Orbach. Montagem: Andrew Marcus & Julian Ulrichs. Dir. de arte: Alan MacDonald & Tamara Conboy. Figurinos: Tisiana Corsivieri. Com: Ferdia Walsh-Peelo, Lucy Boynton, Kelly Thornton, Maria Doyle Kennedy, Jack Reynor, Aidan Gillen, Ian Kenny, Ben Carolan, Percy Chamburuka, Mark McKenna, Don Wycherley, Marcella Plunkett. Dublin, anos 80. Conor (Walsh-Peelo) é um adolescente, antenado como o irmão mais velho, Brendan (Reynor) nos últimos lançamentos pops. Por conta da crise econômica familiar, deve mudar de escola e vai estudar numa em que é vítima de bullying . Para se aproximar de uma garota pela qual sente atração, Raphina (Boynton) ele diz ser cantor de uma banda que precisa da participação dela no vídeo que irão gravar. E, a partir da mentira, tem que de fato criar uma banda junto ao amigo Eamon (McKenna) e outros conhecidos. O nome da banda, batizada por Eamon é Sing Stre

Filme do Dia: Derek (2008), Issac Julien & Bernard Rose

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  D erek (Reino Unido, 2008). Direção: Isaac Julien & Bernard Rose. Rot. Original: Tilda Swinton. Fotografia: Nina Kellgren. Música: Simon Fischer-Turner. Montagem: Adam Finch. Documentário-tributo ao cineasta Derek Jarman (1942-1996), que faz a questão de demonstrar o quanto a vida pública e a obra de Jarman se confundiam, algo mais ressaltado do que nunca quando se apresentam as várias manifestações em prol da causa gay ao qual o cineasta participou, recebendo intimações da polícia ou sendo arrastado e a reprodução anacrônica de tais acontecimento na Inglaterra vitoriana de Eduardo II (1992). Conduzido por uma de suas atrizes recorrentes e amiga pessoal, Tilda Swinton, além – e talvez mais importante – por uma entrevista do realizador no qual ele faz um apanhado sobre sua vida e obra. Pode-se até afirmar que a negação da auto-deferencialidade como um dos traços característicos do realizador não são exatamente cumpridos nesse documentário, mas se não o são, isso se dá menos pe

Filme do Dia: A Defeated People (1946), Humphrey Jennings

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  A   Defeated People (Reino Unido, 1946). Direção: Humphrey Jennings. Música: Guy Warrack. Mais convencional e menos inspirado que alguns títulos mais célebres de seu realizador ( Listen to Britain , Spare Time , A Diary for Timothy ), esse curta documental apresenta a complexa realidade do território alemão sob o domínio britânico pouco tempo após a maciça ofensiva aliada, cenário algo desolador, com ruínas por todos os lados e uma ração controlada de mil e poucas calorias por dia, assim como o fantasma do Nazismo a exorcizar (sobretudo dos mais velhos e daqueles que viveram em áreas não atingidas pelo conflito), assim como poucos professores e escolas completamente danificadas enquanto obstáculo para a educação das crianças. Em poucos momentos, Jennings parece se aproximar de um tom menos didático, ainda assim sem abdicar da locução over (a cargo de William Hartnell), como quando os destroços são observados enquanto verdadeiro parque de diversões para os pequenos ou ainda quando u

Filme do Dia: Stop, Thief! (1901), James WIlliamson

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  P ega Ladrão ( S top, Thief! , Reino Unido, 1901). Direção: James Williamson. Com: Sam Dalton. Um larápio rouba um homem e sai correndo. O homem o persegue e alguns moradores observam a cena. O larápio pula em um barril atraindo a atenção de cachorros que pulam no mesmo barril. Cada dono de um cachorro vai pegar o seu, e o homem que foi furtado pega o larápio e lhe dá uma surra. Um dos primeiros filmes a fazer uso de uma certa noção de continuidade espacial, continuidade essa elaborada a partir de uma montagem que privilegia o acompanhamento da continuação de uma ação de perseguição – sendo o filme uma espécie de protótipo dos chamados “filmes de perseguição” de anos após. Dalton, que encarna o larápio, colaborou em diversas produções de Williamson, encontrando-se aqui quase irreconhecível quando em comparação ao mais famoso The Big Swallow , realizado no mesmo ano. Williamson Kinematograph Co. 1 minuto e 57 segundos.

Filme do Dia: A Midsummer Day's Work (1939), Alberto Cavalcanti

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  A   Midsummer Day's Work (Reino Unido, 1939). Direção: Alberto Cavalcanti. Fotografia: Jonah Jones. Montagem: R.Q McNaughton. Simpático curta de Cavalcanti que acompanha não apenas Oxford, centro de reconhecida universidade, mas sobretudo os trabalhadores que se encontram a serviço das comunicações. A música e o tom ensolarado e límpido que acompanha os planos iniciais logo irão ceder a uma certa apreensão prosaica  da realidade, porém sem invalidar uma certa propensão épica em pleno prosaico. Sua referência jocosa a Shakespeare já no título, em aberto contraste com a inclusão de um aspecto do cotidiano – e ainda por cima operário -  é acompanhada por outras das residências de Francis Drake e de William Blake.13 minutos.

Filme do Dia: Dr. Wise on Influenza (1919)

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  D r. Wise on Influenza (Reino Unido, 1919). Nesse curta produzido para efeitos didáticos junto à população, em meio a epidemia de “gripe espanhola”, utiliza-se do linguajar médico-científico então disponível, assim como dos recursos de microscopia. Inicia de uma forma pouco atrativa ao público, de provavelmente qualquer época, inclusive a de seu lançamento, apresentando o que seria o Dr. Wise em uma palestra de cunho acadêmico-científico, gesticulando enfaticamente e lendo o que se encontra em um artigo. E o efeito-câmera se faz sentir no momento em que o ator que simula se encontrar gripado, sai mesmo assim para a rua (dois jovens param e ficam a fitar a câmera). Os transeuntes andam pelas ruas de Londres sem máscaras. Brown encontra um amigo chamado Jones e o cumprimenta, espirrando próximo a ele. No trabalho,  continua a espirrar. E quando o quadro de Brown agrava, nem mesmo Dr. Wise utiliza máscara ou luvas quando vai examiná-lo. E são sugeridos tratamentos  de substâncias para

Filme do Dia: Todas as Noites às Nove (1967), Jack Clayton

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  T odas as Noites às Nove ( Our Mother´s Home , Reino Unido, 1967). Direção: Jack Clayton. Rot. Adaptado: Jeremy Brooks & Haya Hereret, baseado no romance homônimo de Julian Gloag. Fotografia:  Larry Pizer. Música: Georges Delerue. Montagem: Tom Priestley. Dir. de arte: Reece Pemberton. Cenografia: Ian Whittaker. Figurinos: Sue Yelland. Com: Dirk Bogarde, Margaret Brooks, Pamela Franklin, Louis Sheldon Williams, Mark Lester, John Gukolka, Phoebe Nicholls, Gustav Henry, Parnum Wallace, Anette Carell, Yootha Joyce. Numerosa família de crianças decide levar a vida como se nada tivesse ocorrido após a morte de sua moribunda mãe (Carell), com medo de serem enviadas ao orfanato. Jiminee (Lester), consegue forjar a assinatura da mãe para que recebam todo mês o dinheiro que os mantém. Tudo vai relativamente bem, até o surgimento da Sra. Quayle (Joyce), que prestava serviços para a falecida.   E posteriormente do péssimo pai Charlie Hook (Bogarde), que só pensa em gastar o dinheiro da es

Filme do Dia: 28 Up (1984), Michael Apted

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    2 8 Up (Reino Unido, 1984). Direção: Michael Apted. Fotografia: George Jesse Turner. Montagem: Kim Horton & Oral Norrie Ottey. Talvez mais do que qualquer outro de seus três  predecessores até então, nesse documentário da longeva série Up (1964-2019, até o momento) aborda os mesmos atores naturais a cada intervalo de sete anos, perceba-se  um sentido nos homens e mulheres, agora com 28 anos de idade, enquanto continuidade aparente com suas singelas imagens aos 7 anos. De Tony Walker se adivinha uma certa força de caráter ou perseverança que o faz se sentir em vantagem, em relação aos seus colegas mais instruídos, mesmo que essa seja demonstrada sobretudo nos filmes posteriores ao primeiro ( Seven Up! ). De Bruce, as inquietações com relação à religião, associadas a um aparente travamento em relação à (homo)sexualidade. De John um conservadorismo quase pernóstico que no anterior já afirmara que não se incomoda que as pessoas possuam desvantagens em relação às outras, incomoda

Filme do Dia: Lion: Uma Jornada para Casa (2016), Garth Davis

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  L ion: Uma Jornada para Casa ( Lion , EUA/Austrália/Reino Unido, 2016). Direção: Garth Davis. Rot. Adaptado: Luke Davies, a partir do livro A Long Way Home , de Saroo Brierley. Fotografia: Greig Fraser. Música: Volker Bertelman & Dustin O’Halloran. Montagem: Alexandre de Franceschi. Dir. de arte: Chris Kennedy. Cenografia: Nicki Gardiner & Seema Kashyap. Figurinos: Cappi Ireland. Com: Sunny Pawar, Dev Patel, Rooney Mara, Nicole Kidman, David Wenham, Tannistha Chatterjee, Abishek Bharate, Pryanka Bose, Divian Ladwa. Saroo (Pawar) é uma criança lépida e trabalhadora, que ajuda a mãe (Chatterjee) e o irmão mais velho Guddu (Bharate). Certo dia Guddu disse que passará umas semanas distante e Saroo insiste que ele o leva consigo. Porém ao desembarcar do trem, Saroo se encontra adormecido e como Guddu tem que trabalhar deixa ele dormindo e pede que não saia do local. Saroo acorda assustado no meio da noite e entra em um trem, adormecendo em um vagão. Ao acordar ele se encontra co

Filme do Dia: David Bowie is Happening Now (2013), Hamish Hamilton & Katy Mullan

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  D avid Bowie Is Happening Now (Reino Unido, 2013). Direção: Hamish Hamilton & Kate Mullan. Documentário que procura recriar a experiência de mostra homônima que celebra – talvez de forma um tanto apoteoticamente exagerada, mas isso seria o que se esperaria de uma mostra em um museu, mas não necessariamente de um documentário –a arte de David Bowie. O caráter excessivamente multimidiático do evento, que procura cobrir das capas de disco aos figurinos passando por sua trajetória no cinema, videoclipes e arte produzida em relação as suas produções (e também a projetos que não chegaram a vir a luz, como uma versão cinematográfica para Diamond Dogs ) e, mais que isso, demasiado celebratório, torna-o uma experiência algo sacrificante e demasiado aquém de certamente visitar a própria mostra, organizada pelo Victoria & Albert Musuem britânico. Há uma contraposição entre momentos que são registrados da mostra e a reação de seus visitantes e uma espécie de pequeno auditório de televi

Filme do Dia: A Festa (2017), Sally Potter

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  A   Festa ( The Party , Reino Unido, 2017). Direção: Sally Potter. Rot. Original: Sally Potter & Walter Donahue. Fotografia: Aleksei Rodionov. Montagem: Emilie Orsini & Anders Refn. Dir. de arte: Carlos Conti & Rebecca Alleway. Cenografia: Alice Felton. Figurinos: Jane Petrie. Com: Kristin Scott Thomas, Timothy Spall, Patricia Clarkson, Bruno Ganz, Cherry Jones, Emily Mortimer, Cillian Murphy. Uma festa na casa de Janet (Thomas), para comemorar sua nomeação ao Ministério da Saúde traz à tona todos os fantasmas de seu círculo de pessoas próximas, a partir do momento em que seu marido, Bill (Spall), revela-se paciente terminal e, além disso, amante da mulher de Tom (Murphy), um investidor de baixa auto-estima e cocainômano. De quebra, Bill também revela um breve contato com a hoje lésbica de meia-idade Martha (Jones), provocando a ira de sua mulher, Jinny (Mortimer), grávida de trigêmeos. Completam o grupo a amiga próxima de Janet, April (Clarkson) e seu esotérico namorad

Filme do Dia: Skirmish with Boers near Kimberly (1900), Joe Rosenthal

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  S kirmish with Boers near Kimberly (Reino Unido, 1900). Fotografia: Joe Rosenthal Essa atualidade reconstituída compartilha, ou melhor, antecipa os mesmos protocolos que serão os do filme de perseguição de poucos anos após. Em seu primeiro e longo plano observa todo um grupo de soldados britânicos montados em seus cavalos até que se passe ao segundo, um recorte menor do primeiro. Dificilmente um espectador contemporâneo, de quase 120 anos após sua realização, dar-se-á conta que tal como naqueles aqui se trata de uma perseguição aos bôeres, se não ler a descrição de cada um dos quadros, pois não vemos o outro grupo em ação. No segundo quadro observamos um grupo apeando de seus cavalos e montando suas metralhadoras. Aliás, mesmo se observando a descrição de cada quadro, ainda parece pouco crível que o terceiro e último seja a descrição de um ataque. Warwick Trading Co. 1 minuto e 35 segundos.    

Filme do Dia: 42 Up (1998), Michael Apted

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  4 2 Up (Reino Unido, 1998). Direção: Michael Apted. Fotografia: George Jesse Turner. Montagem: Kim Horton . Tony saiu do East End londrino, agora vive em um espaço mais confortável em Essex, que segundo ele e sua esposa os deixou sem um tostão. Em um momento de tensão, revela momentos de infidelidade em seu casamento que o deixou por um triz. A esposa complementa dizendo que não o abandonou por conta dos filhos, e porque achava que ainda existia algo entre eles, embora se diga mais doída ainda por nunca tê-lo traído. Quando recorda dos pais, Tony ainda se emociona. Se se imagina que a origem social humilde de Tony facilite a espontaneidade de tocar em assuntos tão íntimos, pode ser que seja verdade em seu caso, mas, mesmo que em grau de intimidade diversa, Suzy, fala que a relação com seu segundo filho é de amor e ódio. Ou ainda da proximidade da mãe apenas pouco tempo antes dessa morrer e se descobrir com câncer terminal.  Suzy já se imagina amedrontada com a possibilidade da saíd