Postagens

Filme do Dia: O Ovo da Galinha (1947), Dick Lundy

Imagem
  O   Ovo da Galinha ( Solid Ivory , EUA, 1947). Direção Dick Lundy. Rot. Original Ben Hardaway & Milt Schaffer. Música Darrell Calker. Pica-pau, exímio jogador de bilhar, tem suas jogadas fenomenais interrompidas quando a bola vai cair no galinheiro, e uma mãe galinha passa a defender com penas e bicos, como se de um futuro filho seu tratasse. E ele usa de toda artimanha e truque baixo na guerra com a galinácea, de enfeitiça-la com meias de nylon para que saia do ninho até se fazendo passar por um galo galã. Repleto de boas tiradas, como a da galinha, mãe ciosa, lendo O Ovo e Eu e levantando sua saia de penas para acomodar a bola de bilhar, como se um ovo fosse a ser chocado com os outros. No momento de sedução, com Pica-pau travestido como galo, apela-se a uma imitação do ídolo romântico francês Charles Boyer e há um tema musical célebre, para o recém-formado casal valsar. E ainda há a piada implícita do pintinho diferenciado que ao nascer canta igual ao Pica-Pau, sugerindo

Filme do Dia: Islands Alting Besøg i København (1906), Peter Elfelt

Imagem
  Islands Alting Besøg i København (Dinamarca, 1906). Direção e Fotografia Peter Elfelt. Neste registro de alguns momentos do forte número de islandeses (políticos e diplomatas é de se supor) em Copenhague, com o objetivo de abrir fronteiras para um processo de autonomia política há “quadros” com momentos desta visita, mas que planos e uma noção de continuidade mais sólida – a chegada em um navio, uma recepção concorrida, um grande cortejo de carruagens provavelmente os levando, etc. Com relação a esta última situação há de se frisar um efeito típico do Primeiro Cinema, com o registro da passagem de todas as carruagens, embora aparentemente existam alguns cortes na cena, e o aceno das autoridades direcionados ao que indica a imagem mais para a câmera que para os transeuntes a observarem o cortejo. Há um caráter cíclico no filme, a iniciar e findar com a chegada e partida da comissão em uma embarcação de porte médio. |Peter Elfert. 6 minutos e 43 segundos.

Filme do Dia: Som da Liberdade (2023), Alejandro Monteverde

Imagem
  S om da Liberdade ( Sound of Freedon , EUA/México, 2023). Direção Alejandro Monteverde. Rot. Original Rod Barr & Alejandro Monteverde. Fotografia Gorka Gómez Andreu. Música Javier Navarrete. Montagem Brian Scofield. Dir. de arte Carlos Lagunas & Sandro Valdez. Cenografia Rafa Withingham. Figurinos Isabel Mandujano & Juliana Poveda. Maquiagem e Cabelos Olga Turrini Bernardoni & Waldo Sanchez. Com Jim Caviezel, Bill Camp, José Zuñiga, Yassica Borroto, Kurt Fuller,  Lucas Ávila, Cristal Aparicio, Gerardo Taracena, Kris Avedisian, Gary Basaraba, Mira Sorvino. O agente especial Tim Ballard (Caviezel), até então envolvido em operações vinculadas exclusivamente a captura de pedófilos como Oshinsky (Avedisian), que chegou a escrever um livro defendendo a prática, sente-se amplamente afetado quando testemunha a tentativa de entrada nos Estados Unidos de um pedófilo levando em seu carro o pequeno Miguel (Ávila), filho do hondurenho Roberto (Zuñiga), agenciados por um

O Dicionário Biográfico de Cinema#232: Gig Young

Imagem
  Gig Young (Byron Elsworth Barr), n. 1913-78, St. Cloud, Minnesota " Gig Young" foi o nome que o personagem Byron Barr interpretou em The Gay Sisters [ As Três Herdeiras ] (42, Irving Rapper), e muito pode ser concluído desta transição. "Gig Young" é hiperbolicamente gracioso e imediato - imagina-se um Gig Young aos quarenta ou cinquenta? Não provoca um riso rastejante naqueles que assistem? Por outro lado, "Byron Barr" parece igualmente fabricado, mas gentilmente romântico, elevado a esperanças mais altas que a vida sequer chega próxima de realizar. "Byron Barr", poderia ser o horrível e zombeteiro nome para o aturdido mestre de cerimônias em They Shoot Horses, Don't They? [ A Noite dos Desesperados ] (69, Sydney Pollack), um homem que conhece melhor o bom negócio dos cavalos.  F uncionou por um tempo. Gig Young manteve-se ocupado como o amigo de cara limpa ou o irmão de homens mais problemáticos - em Young at Heart  [ Corações Enamorados ]

Filme do Dia: Degradação Humana (1951), Gordon Douglas

Imagem
  D egradação Humana ( Come Fill the Cup , EUA, 1951). Direção: Gordon Douglas. Rot. Adaptado: Ivan Goff & Ben Roberts, a partir do romance de Harlan Ware. Fotografia: Robert Burks. Música: Ray Heindorf. Montagem: Alan Crosland Jr. Dir. de arte: Leo K. Kuter. Cenografia: William L. Kuehl. Figurinos: Lea Rhodes. Com: James Cagney, Phyllis Taxter, Raymond Massey, James Gleason, Gig Young , Selena Royle, Larry Keating, Charlita, Sheldon Leonard. O jornalista alcóolatra Lew Marsh (Cagney) é demitido. Ele passa a viver com um ex-alcóolatra, Charley (Gleason), que consegue ajuda-lo na reabilitação. Após reassumir seu emprego, contrata outros em situação semelhante a sua. Seu patrão, John Ives (Massey) no entanto, almeja que ele reabilite o seu sobrinho dileto, Boyd (Young), que pretende que seja seu herdeiro. Boyd é casado com Paula (Taxter), um amor do passado de Lew, mas seu alcoolismo o levou a abandonar a esposa e se envolver com Maria Diego (Charlita), que possui ligações muito próx

Filme do Dia: Os Crimes de Diogo Alves (1909), João Freire Correia & Lino Ferreira

Imagem
O s Crimes de Diogo Alves (Portugal, 1909). Direção: João Freire Correia & Lino Ferreira. Com: Carlos Leal, Maria da Luz Veloso, Nascimento Fernandes, Lino Ferreira, João Tavares, Thomas Vieira. A cópia sobrevivente, aparentemente com menos da metade de sua metragem original e sem nenhuma cartela, dessa que para muitos é considerada a primeira produção ficcional portuguesa, torna-se, tal como sobreviveu, um apanhado condensado de alguns crimes do grupo de Diogo Alves (saber quem ele é em meio ao grupo é um exercício de adivinhação), seguido pelo julgamento – em um momento no qual esse poderia ser apresentado isoladamente, mais uma vez é o grupo que ganha proeminência, em perfeita síntese com uma cinematografia ainda bastante vinculada ao chamado “cinema de atrações”, imperativo   anos antes nas indústrias cinematográficas de proa. Enquanto pela época o suspense já começava a ser potencializado através do uso da montagem paralela, aqui a cena que se pressupõe ter o mais interesse

Filme do Dia: Bout-de-Zan vole un Élephant (1913), Louis Feuillade

Imagem
  B out-de-Zan vole un Éléphant (França, 1913). Direção e Rot. Original: Louis Feuillade. Com: René Poyen. Jeanne Saint-Bonnet, Renée Carl, Juliette Malherbe. Uma criança e seu elefante de estimação provocam confusão em uma cidade. O carisma do animal talvez seja o maior destaque nesse filme, onde a criança não se escusa em acenar diretamente para a câmera em seu início. A interação do elefante com seus amigos humanos provoca algunas momentos surreais, como a cena final, na qual come na mesa do jantar com a criança e uma mulher que os “adotou”. Destaque para a quantidade variada de cenários e para o pouco caso com sua verosimilitude, típica sobretudo de um período pouco anterior – como é o caso da cena na qual o elefante não apenas derruba um soldado que tentara se afastar dele como na sua ação acaba também fazendo tremer o cenário que representa o portão de um quartel militar. Société des Etablissement L. Faumont. 9 minutos e 19 segundos.